quarta-feira, junho 21, 2006

4 de Outubro


É o arrepio que sinto quando estás a meu lado que me mostra que te amo avassaladoramente, que estou irremediavelmente apaixonado. É o frémito que percorre o meu corpo quando me tocas e me faz tremer, procurando ardentemente o teu corpo, abraçando-te apertadamente de encontro a mim. É assim que me sinto calmo, sentindo-te segura, junto de mim, anichada no meu peito.
É a beleza que vejo quando os nossos olhos se encontram, quando olho para lá do teu olhar felino e encontro um anjo. Uma visão do que de mais perfeito existe, que sinto a grandeza do amor que te tenho e que tu és a pessoa mais importante na minha vida.

Andei por aí, perdido, durante demasiado tempo, a sentir profundamente as queimaduras do passado, as feridas deixadas pela dor. Mas, ao conhecer-te e ao amar-te, ao prometermos que o nosso amor irá perdurar eternamente, interiormente, sinto o toque da felicidade há muito arredada da minha vida.

E é engraçado saber que me esforcei durante tanto tempo por não ser amado, por temer voltar a entrar num fosso demasiado profundo, voltar a sentir a dor das cicatrizes, mas que o teu toque foi mágico e de imediato me fez desejar ardentemente, ser a única chave, capaz de se atrever a libertar-te e a fazer-te finalmente feliz, como mereces. Como se estivesse destinado a amarmo-nos, como se este esforço mais não fosse do que uma premonição da nossa união, desta ardente paixão, deste nosso enorme amor.

Ainda hoje me pergunto se serás real, se existes de facto, pois tenho medo que sejas apenas um sonho de amor e felicidade, em que me sinto muito amado e em que te amo com todas as minhas forças. Mesmo hoje, após todos os momentos felizes, após o tempo passado lado a lado, tenho medo que te desvaneças na neblina deste sonho.Mas este sonho é real e o teu amor é o bastante para me acordar, mostrando-me que é na realidade que nos amamos e que cada vez mais o nosso lugar é ao lado um do outro... que fomos feitos um para o outro.

Ninguém o pode negar!

4 comentários:

Anónimo disse...

Uma escrita absolutamente transparente e lúcida!Parabéns!

Edward Mueller disse...

Muito obrigado!

Edward Mueller

Anónimo disse...

Por vezes revejo-me no teu trajecto, nesta fase, nos momentos de dor. Mas ao mesmo tempo, vejo no teu texto a esperança...

Pois por vezes, acreditamos que encontramos a nossa alma gémea, mas ela continua a nossa espera...

Acredito que temos uma ligação que nos vais acompanhar ate ao nossos últimos dias. O que me deixa muito feliz, pois tenho a minha volta pessoas que admiro e respeito!!

Abraço Amigo

Edward Mueller disse...

Absolutamente sem palavras...

Afinal também tem uma aptidão para as palavras.

Os meus textos revelam, essencialmente entrega e amor por outrém. Mas faz parte de amar, sofrer. Quem ama, também sofre. É o que diz o cliché!

Mas também existe esperança. A esperança de quem aguardou longo tempo, por alguém, que hoje é uma realidade, mas que a conjectura dos acontecimentos ainda não permitem o perpetuar da felicidade, a esperança de que, uma vez chegado a este ponto não há volta a dar. Quando se conhece aquela pessoa, há que inspirar paciência e calma, aguardando pelo momento que permitirá ser feliz.
A pessoa que consideramos a «Alma Gémea».

Um grande bem haja!

Edward Mueller