sexta-feira, fevereiro 24, 2006

...asas partidas.


Só, lutando contra o desespero, a angústia, a frustração, a impotência, há medida que ao seu redor o mundo se vai enchendo de vitímas, tombadas pela mesma luta. Esta, solitária, feita de progressos e regressos.
Lutando, só, para em si não se ofuscar uma luz por si só fraca que ilumina a alma e que se quer desvanecer.
Abandona a paz, para poder enfrentar esta luta, é necessário dar tudo, o máximo para se estar ao nível dela e que o vai mudando, lentamente transformando-o, sem deixar ofuscar a luz ténue que lhe vai ainda iluminando a alma.

Na minha opinião, observar é conhecer e aquilo que temos e a que mais nos agarramos são sempre as primeiras a perder.

Será que veio para ficar? Talvez no final, venha a conhecer um outro epílogo, talvez não acabe só.
Mas só, chorando até ao esvaír das suas forças, acabando por adormecer num sono de infinita duração, acabando por chegar onde há muito está quem mais amou, quem alguma vez lhe foi mais importante.
É pois necessário erguer os lares destruídos, cuidar dos demais, aqueles que há muito haviam tombado, lutando sós a mesma luta e que de irmãos se tratam, salvando a prestes desvanecida luz que lhes ilumina a alma.
Aquilo que sempre deu é o que hoje o guia e quem diz que não sobreviverá?
Com as suas asas partidas e magoadas, em queda livre, sentindo a pele a arder, queimada pelos raios do Sol. Caído sobre os joelhos, dilacerados, quase vencido.
Mas, não demorará muito para encontrar o significado há muito procurado.

Libertando-se, finalmente, erguendo-se apoiado apenas na própria vontade, transformando-o naquilo que é, no que será. Mesmo caíndo nas fendas da memória do que um dia foi e que um dia voltará a ser.

E com as asas partidas voará, para onde já está, quem na vida e na morte mais amou!

sexta-feira, fevereiro 17, 2006

Se desistires


Toda esta espera pelo que é inevitável, entristece-me por ser longa e pouco reveladora e momentos há em que perco a força em acreditar na inevitabilidade deste amor. Mas vou aguardando, pacientemente (alguém diria santíficamente) pelo momento.
Mas é duro, muito e por mais voltas que dê à minha cabeça, não consigo encontrar uma solução simples, aquela solução balsâmica! A solução é apenas uma, aguardar pelo dia que virá, revelando toda a felicidade.
Não sabes - nem podias saber - como vou fazer para que tudo resulte, não sendo de forma alguma influenciado pelas incertezas do hoje, para que esta espera não me esqueça, para a ansiedade não me ignorar, tentando manter-me fora da angústia. Não, não sabes nem podias, mas saberei eu?
E se desistirmos agora, se um de nós desistir agora quem vai perder? Quem vai estar a abdicar da felicidade?
A distância que nos tem separado não tem sido como habitualmente. Tornando-se num factor de esquecimento ou esmorecimento, pelo contrário, tornou-se num elo que tem vindo a fortalecer o que por si já é muito forte e que tem sobrevivido, aumentando quando - diz-nos a experiência - deveria ser ao contrário.
Esta distância não vai durar.

Quando é que olharás à tua volta vendo quem realmente te faz falta, quem realmente queres?
E se desistires agora, quem vai realmente ficar a perder, quem vai estar a abrir mão de algo tão importante, qual de entre nós vai acabar negando a felicidade?
Olha à tua volta e vê que se desistires agora não serás feliz, não serás feliz.

Avança e nunca olhes para trás.

quinta-feira, fevereiro 16, 2006

Comentário a O TEU CAMINHO... - http://casaquieta.blogspot.com/


«Nos passos da nossa vida, os mais incertos são» aqueles que não conseguimos explicar e que nos guiam algures onde não sabemos o que encontrar.
Amar e ser amado e não poder amar, não é pecado nem tolice... é dor e exaspero.
A teu lado também caminho, acompanhando a tua caminhada, na esperança de que os teus passos encontrem os meus e em conjunto possamos trilhar o mesmo caminho. Ao teu lado com o meu apoio e a minha atenção, caminho, não como simples amigo, mas como admirador que te ama e que deseja perpetuar este amor. A teu lado aqui estou, na esperança de a teu lado continuar, para todo o sempre a amar-te!

quarta-feira, fevereiro 15, 2006

Quando abrirem os olhos...


Olhando o passado consigo ver claramente o que me vai matando lentamente. Algo que, de forma inconsciente vai e volta na minha vida e que apenas é possivel por me ter entregue a ti e ao meu Amor por ti com tanta intensidade e carinho sentindo demasiado o que o meu coração dita, em detrimento do que a mente pensa e ordena.
Através do olhar de alguém revejo uma visão há muito abandonada, que me dá esperança e alento de continuar a lutar mais e mais mas que no fim me derrota. Eu já tive tudo!
Isto pesa-me bastante - e as recordações de falha assustam-me, amedrontam-me. É dificil conseguir voltar a confiar e esforçando por acreditar, não tendo por vezes a força necessária, perdendo a fé (mas mantendo sempre o Amor) no final de cada dia.
Quando é que vamos conseguir abrir os olhos, quando será que os demais vão saber abrir os olhos ao que é evidente, apercebendo-se de que nós somos apenas um e que de outra forma não conseguiríamos ser?
Mesmo assim e nesta cegueira, nós caminhamos, sós, até à chegada do nosso dia e então, eles vão ter de abrir os olhos e ver que somos um só (sempre fomos).

Detesto como me sinto hoje e como sinto que o Sol enfraque, deixando que dias mais escuros se aproximem para continuarem a viver em mim. Mas mesmo assim, eu luto.
É demasiado duro trilhar este caminho sózinho, mais ainda ser capaz de decidir para onde ir e qual o rumo certo a tomar. E dentro de mim o desejo de ver chegar esse dia mágico jamais acabará.
Nesse dia nós vamos finalmente abrir os olhos à realidade e vamo-nos aperceber que nunca fomos dois, nunca. Tão somente um só!
Ainda hoje continuamos a lutar, à semelhança do amanhã e depois e depois, até este dia, o dia da revelação, chegar e eles acordarem na realidade tomando consciência de que somos um e que sempre o fomos.
E é quando eles abrirem os olhos, apercebendo-se dos nossos sentimentos e do nosso Amor, veremos que foi sempre um caminho árduo de percorrer sempre sem saber para onde ir. Quando eles se aperceberem de que não poderíamos ser de outra forma que não um, mesmo quando a fé esteve perdida, o Amor esteve sempre presente, pois nós somos apenas um.

terça-feira, fevereiro 14, 2006

14 Fevereiro


Hoje é um dia muito especial - para todos em geral, para mim em particular.
Não quero utilizar palavras, apenas sentimentos para marcar o dia de hoje. Como tal, deixo apenas estas estrofes, que me fazem todo o sentido e que são hoje, mais tocantes do que nunca.

«I know someday you' ll have a beautiful life,
I know you' ll be star,
In somebody else' s sky,
But why, why, why
Can' t it be, oh can' t it be mine?»


"Black" - Pearl Jam

Eu sei que um dia vais ter uma vida bonita,
Eu sei que vais ser uma Estrela,
No céu de alguém,
Mas porquê, porque
Não pode ser no meu, porque não pode ser no meu?


AMO-TE!

sexta-feira, fevereiro 10, 2006

Um Segundo...


No mundo das palavras, constroem-se histórias. Algumas boas, outras muito boas e uma parte, menos boa. Em cada um de nós encerra-se um potêncial escritor, por vezes existe a coragem de verbalizar os sentimentos, as ideias, noutros casos essa coragem já não é tão latente. Mas salva-se e deve-se congratular quem tenta. Aliás, como tudo na vida. Há quem tenha coragem e força de levar avante os seus projectos e objectivos, não desistindo nem baixando os braços. Outros dão-se como derrotados mal se ouve o tiro da partida. Generalizando, estamos no campo material e no sentimental, como é?
A ideia com que fico é que a juntar à falta de coragem estão também os medos, os receios, as mágoas de experiências passadas, a dor de episódios vividos e a recusa de estar a disponível para, talvez, passar por tudo novamente, com a agravante de o final ser uma incógnita.Existem demasiadas condicionantes no Amor. Este sentimento devia, tal como é, ser vivido intensamente, de forma pura e inconsequentemente. Contudo, nos dias de hoje tudo é difícil, até a simples sensação de amar.

Hoje apeteceu-me escrever somente na primeira pessoa. Textualizar o que o meu coração sente, aquilo que sinto por ti.
Este espaço foi a forma que encontrei de desabafar a angústia e a ansiedade de te amar e não estar no momento certo. Foi uma forma original (quem sabe) de perpetuar o sentimento mais belo e forte que até hoje senti. Tu tens essa capacidade.
Quando observo as "banalidades" da vida, a queda de um fruto da sua árvore, o desabrochar de uma flôr, a quebra de um objecto, o choro de uma criança, o desespero de um amante, a morte de algo ou o nascimento. Desejo no meu intímo que quando o fazes, sentimentos semelhantes aos meus te abordem. Uma forma semelhante de encararmos coisas simples, mas diferentes de outras.
Quando caminho ao acaso, perdido e achado, sentindo os meus próprios passos. Inconscientemente procuro-te, na esperança de te ver, de poder falar-te com o olhar e dizer-te AMO-TE!
Costumo auto-sugerir-me um sem número de factos e situações tentando racionalizar a minha vida, dando-lhe explicações lógicas e interpretativas. Mas não consigo explicar o nosso Amor nem a nossa vida. Não consigo explicar como é que um Amor sobrevive à distância e muitas vezes à separação completa. Ou como é que este nosso Amor tem a capacidade de nos manter sempre apaixonados um pelo outro, crescendo a cada momento.
O que será que sentes quando aquela música especial toca. O que sentes quando choras, ou quando estás triste? Eu sei porque sinto o mesmo, até a esta distância.
E se a vida fosse apenas um segundo? Que escolhas faríamos, que decisões tomaríamos?
Sabes bem que te Amo e eu também sei que me Amas, tal como sei que consegues sentir a dimensão do meu Amor por ti. Acho que te consigo fazer sentir Amada, ou melhor, espero estar a conseguir fazê-lo. Amada com muito Amor, sempre!

quarta-feira, fevereiro 08, 2006

Comentário a Celebrar o Amor... - http://estrelasmar.blogspot.com

Está cada vez mais próxima uma data muito especial. O dia de São Valentim, ou como mais comunmente o conhecemos, o Dia dos Namorados.
Independentemente da raça, credo ou inclinação de educação, a esmagadora maioria das pessoas vai marcar este dia de forma minimamente diferente, tentando à sua maneira celebrar o Amor.

Contudo, não nos podemos esquecer daqueles que não têm como celebrar o Amor que sentem.Por diversos motivos, ou simplesmente um... estar só!
Tenho um grande amigo (aquela velha história do amigo) que dia 14 de Fevereiro vai simplesmente fazer o que faz diáriamente. Mas não se pense que ele é um desnaturado, ou que não liga minimamente à pessoa amada. De maneira nenhuma, aliás, este meu amigo ama demais, com toda a força que tem, como se não houvesse amanhã. No entanto, este meu amigo está a viver um amor digno de um romance de grande tiragem. Ele ama demasiado alguém que também o ama imenso, mas a vida está a trocar-lhes as voltas, completamente.
Quis a vida, ou o destino, o que lhe quisermos chamar, que este amor seja celebrado nesta data especial separadamente. Não estamos a falar de distâncias, vidas profissionais, estamos mesmo a falar dos chamados designios da vida, que obrigam estas duas almas apaixonadas, que se amam demais, a estar separados. Existem, infelizmente, compromissos vinculativos com maior poder que o poder do amor, assumidos pela amada deste meu amigo.
Noto no olhar dele uma grande força de levar com a maior normalidade a sua vida, como se nada se passasse, mas eu conheço-o muito bem, sei perfeitamente que lá dentro aquele coração apaixonado está destroçado pela impossibilidade de perpetuar um amor tão grande. Acreditem que eu próprio fico sensibilizado com tão forte ligação e tão triste história.
Caros leitores, desconheço se já tiveram a oportunidade de ler um excelente livro da autoria do maior romancista actual, Nicholas Sparks, intítulado O Diário da Nossa Paixão. Acreditem que, nos momentos de calma, quando penso nestas duas pessoas muito especiais, cujo seu sentimento está por demais condicionado, imediatamente sou levado para este livro e para esta linda história de amor. No fundo, no fundo, eu que conheço o final desta história, desejaria que o final fosse exactamente o mesmo para estes meus amigos.

Mas só o tempo e a vida, ou o destino se assim quiserem chamar, o poderão dizer.

Nunca deixem de acreditar no Amor... é um dos valores morais mais fortes e mais importantes.Amar com sentimento é muito compensador e quando se é correspondido, mais ainda.

terça-feira, fevereiro 07, 2006

«Tão Perto e Tão Longe




Por aqui fico, no teu olhar
Perco força sem resistir e sem mudar
Por aqui fico
O tempo pára mas logo foge
Estás tão perto e tão longe
Se me visses o gesto não chega
Não, não chega

Não me vês não me ouves se ao menos sonhasses

Por aqui fico
Na tristeza caminho só
Sem pensar no que aprendi
Por aqui fico
O tempo pára mas logo foge
Estas tao perto e tao longe
Se me ouvisses um grito nao chega
Oh! Nao xega

Não me vês não me ouves se ao menos sonhasses

Não me vês nao me ouves se ao menos sonhasses»

by Hands On Approach

sexta-feira, fevereiro 03, 2006

#1




Sento-me nesta lugúbre sala, escassamente iluminada por uns poucos pares de velas e relembro.Este é um exercicío que habitualmente executo. Consegue por vezes aquecer este meu coração, relembrar o que ficou para trás, por vezes não, magoa reviver tudo o que dolorosamente foi vivido. Mas hey! Isto é a vida, certo? É o que se diz.A vida não foi feita para ser côr-de-rosa, mais para parecer pintada por um qualquer pintor de 3ª categoria, completamente daltónico. É para ser sarapintada e não pintada. Mas se assim é, para que vale o esforço diário de a tentar pintar com a mais requintada paleta e com o mais perfeito pincel?E é nesta sala vazia que pensamentos semelhantes afloram a minha mente. Acho que estou a perder o lado romântico da vida. Parece que já não é amor e uma cabana... alguma vez o foi?Lá fora bate a chuva, que caí copiosamente e nada mais existe num raio de quilometros, a não ser a paz, o silêncio, a solidão. Apetece-me de repente, dançar descalço debaixo da chuva. Lavar estas imagens memorizadas, dar-lhes algum brilho.Maravilhosa é a sensação de sentir a chuva no rosto, na nuca, mostra-nos a beleza do que mais simples existe na natureza, na vida.Há tanto tempo que não o fazia.
De volta a esta tosca mesa, povoada de folhas, algumas escritas outras nem por isso e no meio a tua foto, sempre a tua foto, sempre tu!Novamente o meu pensamento recai sobre ti. Será que ainda te lembras como tudo começou? Eu jamais o esquecerei. Será que ainda sentes o primeiro beijo? O teu sabor ficou retido nos meus lábios.Qual Nicholas Sparks gostava de escrever a nossa história em várias páginas. Será que já terminou esta história? Mas não, mais parece o diário do frustrado.E sim, de facto é frustrante. Ouvir uma música e pensar em ti esforçando por não deixar aquela lágrima teimosa cair. Lembrar os momentos de carinho e sentir que já naquele momento eram únicos. Sim, é frustrante sentir que se pertence a alguém e não ser reclamado.Por mais que escreva, não é assim que o futuro melhorará pois não? Será que continuas aí?Um dia gostava de fazer de alguém uma estrela, mas uma estrela do firmamento e não de holywood. Um dia gostava de fazer com que alguém tivesse uma vida maravilhosa a meu lado, mas como, se a minha não se endireita.Oh vida malvada!