quarta-feira, fevereiro 15, 2006

Quando abrirem os olhos...


Olhando o passado consigo ver claramente o que me vai matando lentamente. Algo que, de forma inconsciente vai e volta na minha vida e que apenas é possivel por me ter entregue a ti e ao meu Amor por ti com tanta intensidade e carinho sentindo demasiado o que o meu coração dita, em detrimento do que a mente pensa e ordena.
Através do olhar de alguém revejo uma visão há muito abandonada, que me dá esperança e alento de continuar a lutar mais e mais mas que no fim me derrota. Eu já tive tudo!
Isto pesa-me bastante - e as recordações de falha assustam-me, amedrontam-me. É dificil conseguir voltar a confiar e esforçando por acreditar, não tendo por vezes a força necessária, perdendo a fé (mas mantendo sempre o Amor) no final de cada dia.
Quando é que vamos conseguir abrir os olhos, quando será que os demais vão saber abrir os olhos ao que é evidente, apercebendo-se de que nós somos apenas um e que de outra forma não conseguiríamos ser?
Mesmo assim e nesta cegueira, nós caminhamos, sós, até à chegada do nosso dia e então, eles vão ter de abrir os olhos e ver que somos um só (sempre fomos).

Detesto como me sinto hoje e como sinto que o Sol enfraque, deixando que dias mais escuros se aproximem para continuarem a viver em mim. Mas mesmo assim, eu luto.
É demasiado duro trilhar este caminho sózinho, mais ainda ser capaz de decidir para onde ir e qual o rumo certo a tomar. E dentro de mim o desejo de ver chegar esse dia mágico jamais acabará.
Nesse dia nós vamos finalmente abrir os olhos à realidade e vamo-nos aperceber que nunca fomos dois, nunca. Tão somente um só!
Ainda hoje continuamos a lutar, à semelhança do amanhã e depois e depois, até este dia, o dia da revelação, chegar e eles acordarem na realidade tomando consciência de que somos um e que sempre o fomos.
E é quando eles abrirem os olhos, apercebendo-se dos nossos sentimentos e do nosso Amor, veremos que foi sempre um caminho árduo de percorrer sempre sem saber para onde ir. Quando eles se aperceberem de que não poderíamos ser de outra forma que não um, mesmo quando a fé esteve perdida, o Amor esteve sempre presente, pois nós somos apenas um.

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